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Foto do escritorPor Folha de Telêmaco

Sergio Moro e Bolsonaro fazem as pazes: Ex-juiz anuncia apoio a Bolsonaro no 2º turno

'Tá superado tudo. Passado é do passado, não tem contas a ajustar', diz Bolsonaro sobre apoio do ex-ministro. O senador eleito pelo Paraná e ex-juiz federal Sergio Moro (União Brasil) declarou nesta terça-feira (4) apoio ao presidente Jair Bolsonaro (PL) no 2º turno, por meio de uma nota publicada nas redes sociais. Na conta do Twitter, Moro disse que Lula (PT) não é uma opção e que o governo do petista foi marcado pela corrupção. "Contra o projeto de poder do PT, declaro, no segundo turno, o apoio para Bolsonaro", publicou Moro. Em entrevista à RPC, Moro já havia afirmado que não apoiaria o candidato e ex-presidente Lula. “Nós vamos definir a nossa posição nos próximos dias. Hoje é um dia de reflexão, um dia de agradecimento, um dia de nós nos posicionarmos, mas de todo modo eu já falei anteriormente: jamais estaremos do lado do Lula e do PT”, afirmou o ex-juiz. 'Superado' O presidente Jair Bolsonaro elogiou Moro e disse que o desentendimento que teve com o ex-juiz da Lava Jato está "superado". "Tá superado tudo. E daqui pra frente é um novo relacionamento. Ele pensa, obviamente, no Brasil e quer fazer um bom trabalho para o seu país e para o seu estado. Então, passado é do passado, não tem contas a ajustar. Nós temos é que, cada vez mais, nos entendermos pra melhor servimos a nossa pátria. Ele mesmo, quando chegou aqui como ministro, não tinha nenhuma experiência política", declarou Bolsonaro. O presidente se refere ao atrito que levou a demissão de Sergio Moro do cargo de Ministro da Justiça, em 2020. Na época, a demissão foi motivada pela decisão de Bolsonaro de trocar o diretor-geral da Polícia Federal (PF), Maurício Valeixo, indicado ao posto por Moro.

Ao anunciar a demissão, Moro afirmou que disse a Bolsonaro que não se opunha à troca de comando na PF, desde que o presidente lhe apresentasse uma razão para isso. Ele declarou também que o problema não era a troca em si, mas o motivo pelo qual Bolsonaro tomou a atitude. Segundo Moro, Bolsonaro tentava interferir politicamente na Polícia Federal e queria "colher" informações dentro da instituição, como relatórios de inteligência.

As declarações renderam ao presidente a instauração de um inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) para investigar as denúncias. Lava Jato e carreira política Moro foi titular da 13ª Vara Federal de Curitiba e ganhou projeção nacional após ser responsável pelos processos da Lava Jato em primeira instância. O ex-presidente Lula (PT) foi um dos políticos condenados pelo ex-juiz. Em 2021, o STF declarou o ex-juiz federal parcial na condenação de Lula. O processo contra o ex-presidente acabou sendo anulado. Ainda enquanto juiz federal, ao ser questionado, Moro negou a possibilidade de deixar o cargo na 13ª Vara Federal do Paraná para se tornar político.

Em novembro de 2018, Moro aceitou um convite para ser ministro da Justiça do presidente Jair Bolsonaro e, por isso, afastou-se do Judiciário e deixou de comandar a Operação Lava Jato no Paraná.

Na época, o ex-juiz afirmou que não se via "ainda como um político verdadeiro" e ressaltou que jamais entraria para a política. "Não pretendo jamais disputar qualquer espécie de cargo eletivo. Mas Ministério da Justiça e da Segurança Pública, para mim, eu estou em uma posição técnica, para fazer o meu trabalho", ressaltou.

Em novembro de 2021, o ex-juiz se filiou ao Podemos. Depois, ele se filiou ao União Brasil. Moro concorreu ao cargo de Senador pelo Paraná, após tentar concorrer por São Paulo, mas ter a transferência de domicílio eleitoral negada pela Justiça Eleitoral. Ele foi eleito neste domingo (2) e ficará no cargo até 2030.


Por g1


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