A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) realizou nesta quarta-feira (5) uma capacitação em ações de controle da hanseníase na Rede de Atenção à Saúde.
O curso é direcionado para todos os profissionais do Paraná, baseado no Protocolo de Diretrizes Clínicas e Terapêuticas e no Plano Estratégico de Controle da Hanseníase, elaborado pelo Estado.
“Essa capacitação é para reafirmarmos e orientarmos as equipes, visto que quanto mais precocemente fizermos o diagnóstico e iniciarmos o tratamento, mais estaremos efetivamente evitando os danos dessa doença”, afirmou o secretário de Estado da Saúde, César Neves.
A capacitação tem como objetivo orientar os profissionais para a assistência integral ao paciente, reduzir a transmissão, abordar o diagnóstico precoce e tratamento oportuno, além de apresentar a integração entre as áreas de atenção, vigilância, promoção, diagnóstico laboratorial, educação permanente e pesquisa, assistência farmacêutica, inclusão e assistência social.
A diretora de Atenção e Vigilância em Saúde da Sesa, Maria Goretti David Lopes, falou sobre a iniciativa, que envolve todos os pontos da Rede de Atenção. “É de extrema importância essa retomada pós-pandemia de todos os serviços e, principalmente, com ações efetivas de diagnóstico precoce, tratamento, acompanhamento e prevenção de incapacidades, neste caso com relação à hanseníase em nosso Estado”, disse.
DADOS – O Brasil está em primeiro lugar no mundo em incidência de hanseníase e em segundo em número absoluto de casos, atrás apenas da Índia. Dados preliminares mostram que este ano o Paraná soma 239 casos, a maioria de pessoas com idade entre 20 e 59 anos – 64% homens e 36% mulheres. Em 77% dos casos houve um atraso no diagnóstico, que pode contribuir para incapacidade física do paciente.
DOENÇA – A hanseníase é uma doença infecciosa que acomete nervos e pele, causada pelo Mycobacterium leprae ou bacilo de Hansen. A infecção é transmitida por contato íntimo e prolongado, apresenta um período de incubação lento (de dois a dez anos) e o tratamento dura de seis a 12 meses, podendo se estender.
Os principais sinais da doença são: manchas hipocrômicas ou avermelhadas na pele, perda ou diminuição da sensibilidade em mancha, dormência ou formigamento de mãos/pés, dor ou hipersensibilidade em nervos, edema ou nódulos na face ou nos lóbulos auriculares, ferimentos ou queimaduras indolores nas mãos e pés.
PRESENÇAS – Também participaram da capacitação as equipes da Sesa de Atenção, Vigilância, Laboratório e Promoção, técnicos das Regionais de Saúde e dos dois hospitais de referência do Estado: Hospital de Dermatologia Sanitária do Paraná e o Hospital de Reabilitação Ana Carolina Moura Xavier.
Fonte: Agência Estadual de Notícias (AEN)
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