O plantio da soja, principal cultura do período primavera/verão na safra 2022/23, atingiu nesta semana aproximadamente 15% dos 5,7 milhões de hectares esperados.
A semeadura foi liberada no Estado em 10 de setembro. Este é um dos assuntos tratados no Boletim Semanal de Conjuntura Agropecuária, referente ao período de 30 de setembro a 6 de outubro, elaborado pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento.
O plantio estava proibido em razão do vazio sanitário, quando o solo precisa estar totalmente livre de vestígios de soja, com o objetivo de evitar que doenças e pragas fiquem incubadas para a safra seguinte. Depois da liberação, houve um período de chuvas, o que dificultou a entrada de máquinas na lavoura. Com a pausa nas precipitações pluviais, o trabalho acelerou.
O Oeste, onde estão os núcleos de Toledo e Cascavel, já plantou 55% da área prevista. Outra região com volume um pouco acima da média estadual é a de Campo Mourão, onde a semeadura atingiu 22%. A última estimativa de produção, divulgada em 29 de outubro, é de 21,4 milhões de toneladas. No campo, as lavouras apresentam desenvolvimento considerado bom em 99% da área. Apenas 1% está em situação mediana.
TRIGO – O documento também traz análise sobre o preço médio do pão francês, que teve uma série de oito meses de aumento interrompida em setembro. De acordo com o Deral, o recuo foi de 2,6%, com o quilo custando, em média, R$ 11,33, ante R$ 11,63 no mês anterior. No entanto, situou-se 16% acima do que era praticado em setembro do ano passado, quando o quilo valia R$ 9,76.
O recuo pode ser atribuído, basicamente, à diminuição da despesa com energia, em razão das novas regras do ICMS paranaense. Mesmo porque o preço das farinhas não recuou. Ao contrário, a farinha especial ficou 1% mais cara em relação a agosto. Esse aumento é resultado, principalmente, do alto valor que os moinhos desembolsaram para adquirir o trigo importado entre março e agosto, ainda influenciado pelo conflito no Leste Europeu. Com a entrada no mercado atacadista da safra nacional, os preços já começam a recuar.
MILHO E FEIJÃO – A safra de milho 2022/23 está com 67% da área estimada de 402 mil hectares plantada, o que representa 268 mil hectares. As condições são boas para 93% da área já semeada, enquanto 7% têm situação mediana.
O excesso de chuvas e as baixas temperaturas retardaram o plantio do feijão e prejudicam o desenvolvimento das lavouras implantadas. Mas a expectativa dos produtores é que as condições climáticas melhorem e se confirme a previsão de 243 mil toneladas nos 122 mil hectares a serem plantados. Assim, mesmo com área 12% menor, a produção crescerá 24%.
PECUÁRIA E FRUTAS – O boletim traz, ainda, informações sobre queda de 2,98% na cotação da arroba bovina. Os frigoríficos trabalham com escalas confortáveis, sem dificuldades em obter animais prontos para o abate, e devem começar a preparar estoques para o fim de ano.
Sobre a fruticultura, o documento apresenta análise do comportamento de algumas variedades em cinco dos principais Núcleos Regionais produtores.
O de Curitiba, por exemplo, foi o principal produtor de frutas no Estado quando se leva em conta o Valor Bruto da Produção (VBP) 2021, com R$ 364,3 milhões. Quando o foco é a área cultivada e os volumes colhidos, a regional de Paranavaí se destaca, principalmente em função da laranja.
Fonte: Agência Estadual de Notícias (AEN)
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