Presidente eleito dará entrevista às 10h15 de sexta-feira (9) no Centro Cultural do Banco do Brasil, onde ocorre a transição.
O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), deverá anunciar três ou quatro futuros ministros nesta sexta-feira (9), segundo informações de interlocutores petistas.
A expectativa é que entre os anunciados estejam os ministros da Fazenda, Defesa, Justiça e Casa Civil. Fernando Haddad e o ex-ministro do TCU José Múcio Monteiro são dados como certo na Fazenda e na Defesa, respectivamente.
Haddad tinha viagem de retorno para São Paulo marcada para esta quinta-feira (8), mas adiou a volta para a sexta. Ele convocou o publicitário Otávio Antunes, que trabalhou como marqueteiro de campanha, para vir à Brasília assessorá-lo na comunicação como futuro ministro.
Na Justiça, o favorito é o senador eleito Flávio Dino (PSB), que esteve com Lula nesta quinta. Já para a Casa Civil, a aposta dos aliados de Lula é que seja o governador da Bahia, Rui Costa, que também se reuniu com o presidente eleito nessa semana.
Há pouco, a assessoria de Lula marcou uma entrevista coletiva às 10h15 de sexta no Centro Cultural Banco do Brasil, sede da equipe de transição. A expectativa é que o anúncio ocorra durante a coletiva.
Funções de ministro
Haddad, a propósito, já tem cumprido funções e adotado um discurso compatíveis com o de um futuro ministro da Fazenda. Nesta quinta, ele se reuniu por um hora e meia com o ministro da Economia, Paulo Guedes. Ele foi destacado por Lula para fazer a interface da equipe de transição com o Ministério da Economia.
Em entrevistas, Haddad tem elencado as prioridades do futuro governo na economia. Defende, por exemplo, uma reforma tributária que simplifique os tributos, num primeiro momento, e que torne o sistema tributário brasileiro menos regressivo, com a taxação de grandes fortunas, numa segunda etapa.
Na quarta-feira (7), Haddad defendeu uma reconfiguração do Ministério do Planejamento para livrar a pasta de tarefas mais urgentes, como discutir questões de recursos humanos e tecnologia da informação. Para o ex-prefeito, o Planejamento deve se preocupar com formulações estratégicas de médio e longo prazo.
Ainda há dúvidas de quem será o titular da pasta. Um dos cotados é o economista Persio Arida, aliado de Geraldo Alckmin e de linha liberal. Em 2018, Haddad tinha Arida como favorito para ser seu ministro da Fazenda.
Havia uma expectativa, no início da transição, de que Gleisi Hoffmann fosse escolhida para a Casa Civil, papel que ela já desempenhou no governo de Dilma Rousseff. Lula, no entanto, decidiu mantê-la na presidência do PT.
Segundo interlocutores, outro coordenador da transição, Aloizio Mercadante, deve ter destino semelhante. Especulado para pastas como Casa Civil e Planejamento, ele deve continuar como presidente da Fundação Perseu Abramo, ligada ao PT.
Por g1 - O Portal de Notícias da globo
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