As principais áreas afetadas foram educação básica, alfabetização de crianças, transporte escolar e bolsas de estudo.
O Governo Federal bloqueou a liberação de recursos públicos para a área da educação. O valor total do contingenciamento é de R$ 332 milhões.
Entre os segmentos mais impactados estão:
educação básica,
alfabetização de crianças,
transporte escolar
e bolsas de estudo.
Entre os programas mais impactados estão:
a educação básica (R$ 201 milhões),
educação profissional e tecnológica (R$ 11 milhões)
e a educação superior (R$ 119 milhões).
Segundo interlocutores do Ministério da Educação, o bloqueio é de praxe e foi determinado pela área econômica do governo, que tem como objetivo evitar o descumprimento do teto de gastos. Caso o governo entenda que não há risco de estourar o teto, o orçamento será liberado.
A estratégia da pasta é contingenciar áreas mais sensíveis para, assim que tiver recursos disponíveis, o Ministério da Fazenda priorizar a educação.
O economista Gil Castello Branco, da ONG Contas Abertas, que analisa esses dados públicos, diz que “os bloqueios são inevitáveis quando as avaliações das receitas e despesas demonstram a necessidade de ajustes em relação às previsões elaboradas na ocasião da aprovação das leis orçamentárias”.
Castello Branco destacou ainda que “enquanto o teto de gastos estiver vigente, descumpri-lo significará crime de responsabilidade podendo ensejar, inclusive, o impeachment do presidente da República, tal como já ocorreu”.
A Frente Parlamentar Mista da Educação deve apresentar um requerimento de informações ao MEC sobre o contingenciamento. Nos bastidores, parlamentares reclamam da dificuldade de interlocução com a pasta e acesso ao ministro Camilo Santana (PT).
O Ministério da Educação não foi o único afetado pela decisão. O Ministério da Saúde e o Ministério dos Transportes também sofreram bloqueios que, somados, chegam ao valor de R$ 669 milhões. Procurado, o MEC não se manifestou oficialmente.
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