João Pedro Stedile, principal líder do Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST), está cotado para assumir, no governo Lula (PT), o Ministério do Desenvolvimento Agrário, pasta responsável pela proposição de políticas públicas voltadas à reforma agrária, além de fortalecimento do segmento rural. Recentemente, o líder chegou a declarar que as “mobilizações de massa” do MST retornariam com a eleição do petista.
As declarações foram feitas durante a campanha, antes da definição do pleito. Nas palavras de Stedile, a vitória de Lula traria “reânimo” para as mobilizações.– Acho que a vitória do Lula, que se avizinha, vai ter uma consequência natural, psicossocial nas massas, um reânimo para nós retornamos as grandes mobilizações de massa – disse em um podcast no mês de outubro.
O líder ainda apontou que movimentos de massa não se tratam “apenas de passeatas”.
– Movimentos de massa não é só fazer passeata. É quando a classe trabalhadora recupera a iniciativa na luta de classes, então ela passa a atuar na defesa de seus direitos da mínima forma, fazendo greves, fazendo ocupações de terra, ocupações de terreno, mobilizações, como foi naquele grande período de 78 a 89 – afirmou.
De acordo com o Incra, Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária, as invasões e ocupações ilegais de imóveis rurais caíram para nove ao ano durante o governo de Jair Bolsonaro (PL). Durante os dois governos anteriores de Lula a média foi de 246 ocupações ao ano.
O próprio Stedile admitiu que houve um “refluxo do movimento de massas” na gestão de Bolsonaro, que se encerra em 31 de dezembro.
Fonte: clique aqui
Comentários