Em busca de imunizar a população contra a Covid-19, cerca de 100 alunos dos cursos de Medicina, Enfermagem, Farmácia e Odontologia aplicaram 3.230 terceiras doses em quem recebeu a segunda dose até 02 de outubro de 2021.
O trabalho em equipe foi elevado à máxima potência no último sábado (29) no Centro de Convivência da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG). Em busca de imunizar a população contra a Covid-19, cerca de 100 alunos dos cursos de Medicina, Enfermagem, Farmácia e Odontologia aplicaram 3.230 terceiras doses em quem recebeu a segunda dose até 02 de outubro de 2021.
O mutirão também envolveu profissionais e residentes do Hospital Universitário (HU), agentes de saúde da Prefeitura Municipal de Ponta Grossa, Exército e Prefeitura do Campus. Foram 71 alunos de Medicina; 19 de Odontologia; 15 de Farmácia; e 13 de Enfermagem. Com auxílio dos profissionais do HU, receberam a população, checaram a documentação, organizaram as ampolas e aplicaram as doses.
O dia de trabalho foi ainda mais especial para Fábio Barth, aluno de Medicina da UEPG. O acadêmico pôde aplicar a dose de reforço no braço de seus pais. Já que os três moram na mesma casa, a vacina foi seguida de abraços e lágrimas da família.
“Eu não esperava por isso. É uma sensação diferente, é muito emocionante vacinar meus pais, eu fico muito emotivo, porque muitas pessoas não tiveram essa oportunidade”, disse. "Como estudantes, não participamos muito no combate à pandemia e esse ato de hoje foi um meio da gente agradecer. É marcante para a minha carreira, dizer que eu ajudei um pouquinho na imunização das pessoas”.
Depois de um abraço apertado no pai, a mãe, Viviane Patrick Barth agradeceu o fato de ver o filho atuante na assistência em saúde. “É uma emoção muito forte, é um privilégio para uma mãe ser vacinada pelo filho. São milhões e milhões de palavras e sentimento de gratidão. É também uma benção ver ele atuando na profissão que ele está estudando, é um sonho realizado”, disse.
“Existe uma importância didática num evento como esse, porque existem vários alunos e professores acompanhando a vacina”, destacou o professor Miguel Sanches Neto, reitor da UEPG. “Oportunizamos o aprendizado e o contato desses alunos com a população. É uma parceria ganha-ganha – ganha a população, ganha a Prefeitura e ganha a universidade no ponto de vista didático”.
TRABALHO
A enfermeira do Hospital Universitário, Maria Dagmar da Rocha Gaspar, coordenou a atuação dos acadêmicos na parte da manhã. Os 118 alunos foram divididos nos dois turnos e tiveram, em cada mesa de vacinação, um profissional do HU auxiliando na administração das doses.
“É gratificante ver que eles têm interesse de vir contribuir com a população. Todos deixamos nossas atividades das férias para estarmos aqui e é muito bom ver que eles querem contribuir para a saúde da cidade”, comemorou. A profissional destacou o trabalho realizado em conjunto entre a UEPG, HU e Prefeitura. “É uma parceria mesmo, acontecendo de forma interdisciplinar, e todos estão entusiasmados em estar aqui para fazer o trabalho. Estamos todos aprendendo muito”.
Todo o trabalho foi organizado e coordenado pela Diretoria Acadêmica (DAC) do HU. A diretora, Fabiana Bucholdz Texeira Alves, ressaltou que a DAC apoia uma abordagem de prática colaborativa, incentivando futuros profissionais a adquirir experiência junto à comunidade. “A experiência do acadêmico se torna válida para a conscientização sobre desafios enfrentados pelos profissionais e sobre como apoiá-los melhor, buscando fortalecer a comunicação multiprofissional e o programa de vacinação contra a Covid-19”, completou.
PRÁTICA
Aplicar vacinas é prática rotineira de enfermeiros. Sherly Souza, aluna do 3º ano do curso de Enfermagem, comemora o fato de estar, pela primeira vez, aplicando vacinas de maneira prática. “Foi um momento de muito aprendizado. Já passamos pelas disciplinas teóricas sobre vacinas e treinamos no laboratório, mas hoje é a primeira vez que temos esse contato direto com o paciente, o que está sendo muito proveitoso”, enfatizou.
A acadêmica de Farmácia, Leticia Delgobo, também destacou a oportunidade de estar em contato mais direto com a população. “É incrível e extremamente gratificante poder ajudar na linha de frente, para que juntos possamos passar por esse momento tão difícil com essa nova variante”, contou. A receptividade dos pacientes é um ponto positivo para o trabalho, segundo Letícia. “Tem o medinho da dor, mas depois eles saem bem tranquilos. É realmente um momento muito histórico e importante de fazer parte”.
Todos os acadêmicos que participaram da ação passaram por um treinamento prévio, com palestras e aplicação prática, oferecido pela equipe do HU em parceria com o município.
Por Agência Estadual de Notícias
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